25.2.08

Será doença?


Já não recordo o dia em que te conheci. Foi por certo numa qualquer esquina da vida frequentada por gente pouco avessa a esconder intenções e corpos a necessitarem de transpiração, como tu e eu.

O que me causa mais raiva ainda é que depois de tanta asneirada feita ao longo da tua e na minha vida, não consigo deixar de pensar ou sentir que não me és indiferente, muito antes pelo contrário. Pior ainda. Deixas-me deveras confuso o que me irrita solenemente.

Porra, eu que gosto de verdade de tanta mulher sem nunca lhes ter aberto o coração e a muitas nem os lençois da cama, e muito menos ainda sem lhes dar a minima hipotese de me aparecerem á porta de casa sem aviso prévio ou chamamento, tinha mesmo que me cruzar com uma peça do teu quilate para me roubar a paz do resto da existência.

Em cada lembrança, essas mulheres chegam inteiras, pré-programadas, com as emoções da amizade verdadeira ou das más intenções escancaradas. Sem direito a grandes surpresas. Certinhas como manda o figurino. Transpõem delicadamente a porta e deslizam pela sala em direção ao sofá e algumas relutantemente, acabam por conhecer a qualidade duvidosa do velho colchão. Umas e outras deixam sempre comigo algo importante, que guardo solenemente no baú das recordações para atenuar os momentos mal resolvidos.

Tú não. Chegas sem aviso e em vez de palavras, despes-te de roupas e preconceitos mal fechas a porta atrás de ti. Como um tornado. Em vez de segredos e cumplicidades ou mesmo um boa noite da praxe, gritas-me aos timpanos o quanto desejas que te faça isto e mais aquilo já, porque vives da urgência e do desejo e não pensas noutra coisa desde a ultima vêz, tenha essa ultima vêz acontecido uma semana ou á seis meses atrás. Na maioria das vezes nem me recordo quando e onde aconteceu essa ultima vêz. Tú não. Repetes-me a cada segundo que te faça sentir a mesma coisa que nem sei se fui eu que fiz, e falas como se esta fosse sempre melhor que a ultima e transformas cada encontro num degrau de uma escada ascendente que não sei onde irá parar.

Foda-se. Não te poderei afirmar sem mentir que não me agradam estas tuas investidas intempestivas e completamente fora de qualquer programação prévia. Fazem-me bem ao corpo e ao tão maltratado ego. Mas por favôr se não perdi nenhuma das qualidades que á anos te obrigam a procurar-me, ou estás cega ou pior muito pior, o desespero e as tuas carências afectivas ameaçam tornar-se doença crónica. E eu devo ser o unico paliativo que encontrás-te para apagar esse fogo que ameaça queimar-me contigo. O que, visto desta forma, não me agrada absolutamente nada.
Ou será que...

21.2.08

Para ti!


Não quero alguém que morra de amor por mim...

Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.

Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.

Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim...

Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível...

E que esse momento será inesquecível...

Só quero que meu sentimento seja valorizado.

Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre...

E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.

Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.

Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho...

Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente importa, que é meu sentimento... e não brinque com ele.

E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.

Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe...

Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.

Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.

Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas...

Que a esperança nunca me pareça um NÃO que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como SIM.


Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros...
Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.

Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão...

Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena.