Já não recordo o dia em que te conheci. Foi por certo numa qualquer esquina da vida frequentada por gente pouco avessa a esconder intenções e corpos a necessitarem de transpiração, como tu e eu.
O que me causa mais raiva ainda é que depois de tanta asneirada feita ao longo da tua e na minha vida, não consigo deixar de pensar ou sentir que não me és indiferente, muito antes pelo contrário. Pior ainda. Deixas-me deveras confuso o que me irrita solenemente.
Porra, eu que gosto de verdade de tanta mulher sem nunca lhes ter aberto o coração e a muitas nem os lençois da cama, e muito menos ainda sem lhes dar a minima hipotese de me aparecerem á porta de casa sem aviso prévio ou chamamento, tinha mesmo que me cruzar com uma peça do teu quilate para me roubar a paz do resto da existência.
Em cada lembrança, essas mulheres chegam inteiras, pré-programadas, com as emoções da amizade verdadeira ou das más intenções escancaradas. Sem direito a grandes surpresas. Certinhas como manda o figurino. Transpõem delicadamente a porta e deslizam pela sala em direção ao sofá e algumas relutantemente, acabam por conhecer a qualidade duvidosa do velho colchão. Umas e outras deixam sempre comigo algo importante, que guardo solenemente no baú das recordações para atenuar os momentos mal resolvidos.
Tú não. Chegas sem aviso e em vez de palavras, despes-te de roupas e preconceitos mal fechas a porta atrás de ti. Como um tornado. Em vez de segredos e cumplicidades ou mesmo um boa noite da praxe, gritas-me aos timpanos o quanto desejas que te faça isto e mais aquilo já, porque vives da urgência e do desejo e não pensas noutra coisa desde a ultima vêz, tenha essa ultima vêz acontecido uma semana ou á seis meses atrás. Na maioria das vezes nem me recordo quando e onde aconteceu essa ultima vêz. Tú não. Repetes-me a cada segundo que te faça sentir a mesma coisa que nem sei se fui eu que fiz, e falas como se esta fosse sempre melhor que a ultima e transformas cada encontro num degrau de uma escada ascendente que não sei onde irá parar.
Foda-se. Não te poderei afirmar sem mentir que não me agradam estas tuas investidas intempestivas e completamente fora de qualquer programação prévia. Fazem-me bem ao corpo e ao tão maltratado ego. Mas por favôr se não perdi nenhuma das qualidades que á anos te obrigam a procurar-me, ou estás cega ou pior muito pior, o desespero e as tuas carências afectivas ameaçam tornar-se doença crónica. E eu devo ser o unico paliativo que encontrás-te para apagar esse fogo que ameaça queimar-me contigo. O que, visto desta forma, não me agrada absolutamente nada.
Ou será que...
O que me causa mais raiva ainda é que depois de tanta asneirada feita ao longo da tua e na minha vida, não consigo deixar de pensar ou sentir que não me és indiferente, muito antes pelo contrário. Pior ainda. Deixas-me deveras confuso o que me irrita solenemente.
Porra, eu que gosto de verdade de tanta mulher sem nunca lhes ter aberto o coração e a muitas nem os lençois da cama, e muito menos ainda sem lhes dar a minima hipotese de me aparecerem á porta de casa sem aviso prévio ou chamamento, tinha mesmo que me cruzar com uma peça do teu quilate para me roubar a paz do resto da existência.
Em cada lembrança, essas mulheres chegam inteiras, pré-programadas, com as emoções da amizade verdadeira ou das más intenções escancaradas. Sem direito a grandes surpresas. Certinhas como manda o figurino. Transpõem delicadamente a porta e deslizam pela sala em direção ao sofá e algumas relutantemente, acabam por conhecer a qualidade duvidosa do velho colchão. Umas e outras deixam sempre comigo algo importante, que guardo solenemente no baú das recordações para atenuar os momentos mal resolvidos.
Tú não. Chegas sem aviso e em vez de palavras, despes-te de roupas e preconceitos mal fechas a porta atrás de ti. Como um tornado. Em vez de segredos e cumplicidades ou mesmo um boa noite da praxe, gritas-me aos timpanos o quanto desejas que te faça isto e mais aquilo já, porque vives da urgência e do desejo e não pensas noutra coisa desde a ultima vêz, tenha essa ultima vêz acontecido uma semana ou á seis meses atrás. Na maioria das vezes nem me recordo quando e onde aconteceu essa ultima vêz. Tú não. Repetes-me a cada segundo que te faça sentir a mesma coisa que nem sei se fui eu que fiz, e falas como se esta fosse sempre melhor que a ultima e transformas cada encontro num degrau de uma escada ascendente que não sei onde irá parar.
Foda-se. Não te poderei afirmar sem mentir que não me agradam estas tuas investidas intempestivas e completamente fora de qualquer programação prévia. Fazem-me bem ao corpo e ao tão maltratado ego. Mas por favôr se não perdi nenhuma das qualidades que á anos te obrigam a procurar-me, ou estás cega ou pior muito pior, o desespero e as tuas carências afectivas ameaçam tornar-se doença crónica. E eu devo ser o unico paliativo que encontrás-te para apagar esse fogo que ameaça queimar-me contigo. O que, visto desta forma, não me agrada absolutamente nada.
Ou será que...