Chegou ao fim da estrada ou foi a estrada que lhe ditou o fim. Voltar atrás mais uma vez será um erro irreversível. Resta -lhe o salto em frente num precipício onde já mergulhou e sobreviveu noutras ocasiões. A única diferença é que nessas ocasiões as forças eram outras. Resta-lhe a esperança de que as asas de outrora renasçam ou um milagre. Ou que o fim seja doce.
PS: Perdoa-me princesa...
Esta frase li hoje no Pecado Original a legendar uma foto de uma mulher.
“As pessoas são frágeis. Falham. Desiludem. Escondem-se. Mas as pessoas também são tudo aquilo que temos de melhor”
Ando na fase do contra, amargo por culpa própria é certo, mas não só. E dei comigo a olhar o rosto da senhora na procura do citado lado bom que as pessoas têm. Não. Por muito interessante que seja a foto e louvável a intenção de quem a colocou ali, ainda não foi desta que me convenceram que algo de verdadeiramente bom possa vir de pessoas, espécie humana, mulheres e homens. Talvez de uma criança. Acredito que sim. Porque ainda não é um homem ou mulher dito responsável. Ou de um gato. Se não tiver um olho de cada côr e lhe derem a ração diária a tempo e horas. Ou mesmo de um selvagem leão faminto lá das terras de cabo Delgado como o da história escrita pelo Sérgio Veiga caçador de mil aventuras, que depois de derrubar a mãe que trazia uma criança de leite na neneca, perante o choro desabrido do petiz voltou costas ao jantar e desapareceu no meio do mato.
Bem, isto sou eu a pensar alto. Eu, que em cada dia que passa acredita menos que as pessoas possam ser também “tudo aquilo que temos de melhor”.