Foi no Teatro Aberto em Lisboa, passaram já muitos anos, que tive o previlégio de assistir o JMB declamar/cantar esta obra prima. Num ambiente de muita ingenuidade politica fruto da época em que se vivia, mais do que as palavras e a mensagem, recordam-me as lágrimas nas faces de muitos dos presentes. As mãos apertadas. O prazer de estar ali. Foi um daqueles momentos de vida inesqueciveis pela emoção colectiva e pela completa sintonia entre o palco e a plateia só possível de conseguir por alguns grandes compositores autores.
Para minha surpresa hoje encontrei na Net a gravação daquele espectaculo. Faltaram as lágrimas. Os anos as levaram com a perda da inocencia. Sobrou a emoção de sentir que o sentido das palavras continua válido e que os verdadeiros talentos e as grandes obras são intemporais na memória.
Para minha surpresa hoje encontrei na Net a gravação daquele espectaculo. Faltaram as lágrimas. Os anos as levaram com a perda da inocencia. Sobrou a emoção de sentir que o sentido das palavras continua válido e que os verdadeiros talentos e as grandes obras são intemporais na memória.