19.10.06

Vazio...


Paixão, ainda és a minha princesa e vou continuar a sentir a falta. Principalmente daquilo que sentia quando estava contigo. A serenidade absoluta. A certeza do que queria e do que era dispensável. Parece cola daquela transparente que se vende em tubinhos tamanho miniatura. Não te consigo arrancar daqui. Falta-me quase tudo em mim desde que me desisti de te procurar. Falta-me o cheiro, o riso, a lucidêz. As memórias de ti têm cores e sons e afagos de carinho impossíveis até agora de sentir com mais alguem. A vontade irreprimível de te escrever. Os sentidos ao rubro acesos pelas tuas mãos na minha pele. Os doces minutos pós-sexo que quase sempre terminavam no recomeço. A viagem de regresso que era apenas o inicio da próxima. As ultimas horas antes de cada encontro eram já esse encontro e as seguintes eram a planificação de um outro. Porque sabes, nós nunca terminavamos nada. Tudo tinha continuidade. Nunca me habituei a ter alguem tão perto que me sentisse sem ar para respirar. Sempre desejei amar á distancia certa, o que que significa apenas que troco fácilmente duas ou três horas de compensadora intimidade a dois, por uma noite inteira a dormir e acordar agarrado a alguem. Hoje sinto a tua falta nesta solidão mal acompanhada e pior resolvida. Não sei sinceramente se é de ti que sinto falta ou de mim quando te tinha. Sei que sinto falta.

3 comentários:

Anónimo disse...

Sinto também muita falta do k eu era e da forma k me fazias sentir quando estava contigo.
ainda podemos nos sentir... É só quereres... Bju doce

Anónimo disse...

ILustre Desconhecido
O vazio que se encontra em nós normalmente se deixa encobrir por outros desejos ou por realidades paralelas que criamos como escudos que nos defendem e nos encobrem do que realmente precisamos e sentimos saudades, mas torna-se inevitável que mais cedo ou mais tarde ele venha a tona... quando isso acontece nada mais resta do que enfrenta-lo e nessa luta cabe a nós mesmos decidir se nos rendemos a ele ou se o vencemos seguindo o nosso coração. Bjs doces

g. disse...

e porque somos tão parvos ao ponto de abrir mão das coisas que nos fazem bem, de as perder por dá cá aquela palha??
porque andamos sempre numa de gato e rato e fora de tempo à procura dele?
beijo