Amaram-se de acordo com os canones da rotina habitual. Ela por baixo, ele por cima esperando o sinal dela. Nada de novo. Nada de beijos ou caricias extras. Apenas sexo, rotina pura, obrigação mutua por cumprir. Quente apenas o mal suportado calor do quarto mal arejado.
Ele transpirando e arfando do esforço fisico, controlava a torrente usando o velho truque de visualizar a sombria cara da sogra megera, ministrando-lhe um dos habituais sermões.
Ela tentando resumir-se naquilo dentro dela, com a cabeça cada vez absorvida nas contas por pagar, na gripe do filho que dormia no quarto ao lado e nos problemas do serviço. Sem qualquer possibilidade de concentração ou prazer. Os olhos fixos no tecto e as gotas de suor que caiam do peito dele directamente no seu rosto inundavam-lhe os olhos de sal. E o peso dele que aumentava a cada mês, ameaçando transforma-lo num bisonte sem fim, incomodava-a e amassava-lhe o corpo.
Sentiu que ele estava já em dificuldades de contenção orgásmica e evidente quebra fisica. A contragosto improvisou um arfar mais fundo e audível! Ele, oportunista, sentiu o sinal e aproveitou para explodir com um reprimido ...ohhhh!!!
Ela fingiu um baixinho ...ahhhh! ainda a tempo de se misturar com o reprimido ...ohhhh!
Ele saiu de cima e enfiou rápidamente os boxers do avesso, agarrou um cigarro e o isqueiro e dirigiu-se ao WC. Ela suspirou de alivio, fechou os olhos e ficou atenta ao momento em que ele regressaria daquela higiene obrigatória. Quando ouviu a porta abrir-se saltou da cama e no corredor, núa, cruzou-se com ele.
-Boa noite amor!
-Boa noite! - disse ele já a bocejar, sem sequer a olhar.
Dez minutos depois deitou-se devagar ao seu lado tendo como companhia apenas o som forte e familiar do ressonar cavernoso que lhe saia do peito. Não demorou tambem a adormecer.
Ele transpirando e arfando do esforço fisico, controlava a torrente usando o velho truque de visualizar a sombria cara da sogra megera, ministrando-lhe um dos habituais sermões.
Ela tentando resumir-se naquilo dentro dela, com a cabeça cada vez absorvida nas contas por pagar, na gripe do filho que dormia no quarto ao lado e nos problemas do serviço. Sem qualquer possibilidade de concentração ou prazer. Os olhos fixos no tecto e as gotas de suor que caiam do peito dele directamente no seu rosto inundavam-lhe os olhos de sal. E o peso dele que aumentava a cada mês, ameaçando transforma-lo num bisonte sem fim, incomodava-a e amassava-lhe o corpo.
Sentiu que ele estava já em dificuldades de contenção orgásmica e evidente quebra fisica. A contragosto improvisou um arfar mais fundo e audível! Ele, oportunista, sentiu o sinal e aproveitou para explodir com um reprimido ...ohhhh!!!
Ela fingiu um baixinho ...ahhhh! ainda a tempo de se misturar com o reprimido ...ohhhh!
Ele saiu de cima e enfiou rápidamente os boxers do avesso, agarrou um cigarro e o isqueiro e dirigiu-se ao WC. Ela suspirou de alivio, fechou os olhos e ficou atenta ao momento em que ele regressaria daquela higiene obrigatória. Quando ouviu a porta abrir-se saltou da cama e no corredor, núa, cruzou-se com ele.
-Boa noite amor!
-Boa noite! - disse ele já a bocejar, sem sequer a olhar.
Dez minutos depois deitou-se devagar ao seu lado tendo como companhia apenas o som forte e familiar do ressonar cavernoso que lhe saia do peito. Não demorou tambem a adormecer.
3 comentários:
Ilustre desconhecido,
Sexo ou se faz bem ou não se faz! Parece política barata mas comigo é assim. Ou tudo ou nada. Não me permito viver costumisses de um sexo cansado e comum. Sexo é partilha, é amor mesmo quando este não mais existe ou mesmo quando nunca existiu. Ela, a mulher já morreu e não sabe... ele...oh... ele, o marido já se matou na morte morrida dessa rotina tão afamada e pior do que tudo é que ninguém parece querer rescussitar. Uma pena.
Gostaria de saber se sobreviveram...
Bjs doces
É isso q não quero na minha relação... se é para ter uma relação q tenha não apenas sexo... mas sexo envolvido em improviso, loucura, tesão, enfim, q tenha sentimento
se é sexo por sexo que não seja para ouvir o roncar de alguém q não me faz sorrir no fim do acto sexual.
Enfim tava a dever-te começar a comentar... mas sempre venho ler.
Parece q tu e a diva combinaram... falar do mesmo tema... esta vida é cómica.
Jinhuz
Parabéns. Passei pelo teu blog porque amo "O Princepezinho" e a partir daí tenho lido os teus outros texto e adoro lê-los. Escreves com alma e sentes o que escreves. Este texto... Bem, este retrata o sexo cansado, o sexo por obrigação, o sexo como um fardo... Enfim, tudo menos a expressão mais linda e fantástica do AMOR: o sexo.
Edi
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