Recupero-te na memória. Faz hoje precisamente cinco anos que de mala a tiracolo e a alma carregada de negro, deitei oito anos de vida em comum para a sargeta e bati com a porta para nunca mais.
Muito brevemente completar-se-ão outros cinco anos que, na unica ocasião em que pós separação tentamos ter um dialogo com nexo, me disseste estas palavras em tom profético,: “Um dia vais concordar que recomeçar longe um do outro é o melhor para nós”
Nesse momento decidi parar de apostar em cavalos mancos e principalmente de pensar em ti. Transferir todo o desperdicio de energias das noites de insónia, para coisas bem mais estimulantes e preversas. No fundo, recomeçar a viver mesmo que para isso tivesse de esquecer a consciencia boa.
E recomecei. Já sem insónias mas dormindo ainda menos que antes. Durante uma gloriosa mão cheia de meses, dividi com estrelas cadentes e decadentes como eu carne, cama e sobretudo cumplicidades amarguradas. Umas se apagaram na transpiração dos lençois por mudar, outras tiveram ainda menos fulgor. Algumas, poucas, deixaram o brilho da verdade e o reconhecimento amargo que podia ter ido mais alem. Só não sabia onde seria o tal de alem, tal como não sei ainda hoje. Nunca soube reconhecer fácilmente os momentos de ficar ou partir. É um problema de berço ou mesmo antes. Crónico e incurável.
Desse período épico com momentos sublimes mas tambem muita coisa inconfessável á mistura, um acidente de percurso acabou por fazer nascer a luz que me alimenta os dias, carregado de teimosia em viver.
Muito brevemente completar-se-ão outros cinco anos que, na unica ocasião em que pós separação tentamos ter um dialogo com nexo, me disseste estas palavras em tom profético,: “Um dia vais concordar que recomeçar longe um do outro é o melhor para nós”
Nesse momento decidi parar de apostar em cavalos mancos e principalmente de pensar em ti. Transferir todo o desperdicio de energias das noites de insónia, para coisas bem mais estimulantes e preversas. No fundo, recomeçar a viver mesmo que para isso tivesse de esquecer a consciencia boa.
E recomecei. Já sem insónias mas dormindo ainda menos que antes. Durante uma gloriosa mão cheia de meses, dividi com estrelas cadentes e decadentes como eu carne, cama e sobretudo cumplicidades amarguradas. Umas se apagaram na transpiração dos lençois por mudar, outras tiveram ainda menos fulgor. Algumas, poucas, deixaram o brilho da verdade e o reconhecimento amargo que podia ter ido mais alem. Só não sabia onde seria o tal de alem, tal como não sei ainda hoje. Nunca soube reconhecer fácilmente os momentos de ficar ou partir. É um problema de berço ou mesmo antes. Crónico e incurável.
Desse período épico com momentos sublimes mas tambem muita coisa inconfessável á mistura, um acidente de percurso acabou por fazer nascer a luz que me alimenta os dias, carregado de teimosia em viver.
Fada Sininho. Aquela que generosamente espalha e revigora com o seu pó mágico, este corpo e espirito consumidos de tantas lutas perdidas. Fada Sininho. Paixão incondicional. Espólio unico. Fonte de saber e de amor. Tesouro inegociável.
Recupero-te na memória para agradecer aos deuses do acaso, a confirmação da tua profecia.
Recupero-te na memória para agradecer aos deuses do acaso, a confirmação da tua profecia.
6 comentários:
Ilustre desconhecido,
Profécias…
Acho que muitas vezes são verdades que se realizam á longo prazo. São mitos repetidos com tanto fervor que se fazem verdade (quase) absoluta. Ainda bem, numas vezes... para nossa tristeza, noutras.
Sorte minha que me preparo para profecias que se cumprem. Esse é o destino dos “eleitos”. Não importa quantas vezes se recomeça... importa é encontrar forças para não desistir nunca.
Ah... Para isso existe a fada Sininho. A incondicional princesa que encontra no espinho a agulha para te cozer um futuro de sorrisos, um amanha cheio de sol e brilho, especial essa fada que faz do pirlimpimpim o começo de um novo sorriso pronto para nascer a cada amanhecer.
Sabes ilustre desconhecido? Uma das mais antigas profecias diz que quem recomeça não pode mais parar, nem que guiado apenas pelos simples empurrões da vida, essa profecia sim, é a verdadeira revolução da alma, aquela que leva a harmonia perfeita do que é viver, que nos liberta dos artíficios do passado castrador, dos tropeços da lógica do destino, e dos manuscritos guardados que soam como trombetas de conquista do que ainda chegará. Muita vida e sonho por se arriscar e triunfar... Muita arte de vida por aprender e principalmente... imensas profecias por se cumprir!!!
Bjs doces
P.S. É caindo que se tem a certeza que o chão é o limite... aprender a levantar é o passo a seguir, sempre. O segredo é deixar permanecer na memória o quanto doeu e caminhar com mais cautela, observando e rindo com mais intensidade.
P.S.1. Hehehe... sabe tão bem “filosofar-te”...
Gostei imenso do blog. Vou voltar certamente.
beijinho
Odeio profecias e a terrivel impressão que a vida me foge ao controle.
Mas foi bom que a sua tenha se realizado, assim como um recomeço distante.
Lindo texto.
:)
O tempo é milacuroso e eu falo isso de certeza...
Legal seu blog...
Bjos e luz
Obrigada pela visita!
sinta-se a vontade para me visitar quando quiser.
Re-lendo o seus texto, percebo que se parece muito com o q vivo.... não sei se isto é bom... mas é a verdade.
Bjus
"profecias"...ora aí esta um tema a desenvolver...não numa noite agoirenta, com velas e lua cheia...mas sim num dia radioso...numa esplanada ao sol, com uma fresca bebida...e um pôr de sol...a adivinhar-se....
Beijo suave___Maresia
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