embrenho-me no noite morna
das ruas esburacadas da cidade.
procuro um não sei de quê ou porquê.
quando ando ás cegas deixo-me guiar
pelo formato alongado das sombras
pela contramão dos sons de passos sem dono
pelos acordes de portas envelhecidas
por instintos naturais porque nascidos ali no momento
filhos de uma decisão que definitivamente não controlo
mas que me leva
na jornada ofereço-me uma viagem da verdade
apenas possível de sentir na noite
dos corpos desvalidos sem abrigo
dos rostos assustados e sedentos
da ansiedade feita carne quase morta
da oferta feita dádiva de amor pago e urgente
cega, irreal, desamada.
na vertigem desta lansidão sem rumo
na procura do nada e de tudo
encontro-me comigo na noite da cidade.
das ruas esburacadas da cidade.
procuro um não sei de quê ou porquê.
quando ando ás cegas deixo-me guiar
pelo formato alongado das sombras
pela contramão dos sons de passos sem dono
pelos acordes de portas envelhecidas
por instintos naturais porque nascidos ali no momento
filhos de uma decisão que definitivamente não controlo
mas que me leva
na jornada ofereço-me uma viagem da verdade
apenas possível de sentir na noite
dos corpos desvalidos sem abrigo
dos rostos assustados e sedentos
da ansiedade feita carne quase morta
da oferta feita dádiva de amor pago e urgente
cega, irreal, desamada.
na vertigem desta lansidão sem rumo
na procura do nada e de tudo
encontro-me comigo na noite da cidade.
2 comentários:
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Lindo poema.
É bem verdade, a melhor companhia somos nós mesmos.
Beiju
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