Não me encontro. Procuro-me e apenas um manto de névoa me povoa o cérebro. Todos os sentidos lógicos se transferiram ou abandonaram. Habitas-me como um inquilino fantasma. Sinto-te como uma segunda pele.
Talvez as respostas me surjam dos embates na parede contra a qual me atiras, quando na ansia do desejo me levas aos tectos infindáveis do teu corpo. Talvez a lucidêz volte enquando me obrigas a beijar o tapete vulcânico da tua pele incendiada e qual contorcionista trepas o espaldar da cama. Talvêz encontre uma explicação nas entranhas fecundas da terra onde penetro, quando o teu corpo se abre ao meu exigindo urgências. Talvez transforme esta necessidade de ti em repulsa, quando de mãos amarradas no teu peito e olhos cravados nos teus olhos, usas e abusas deixando-me o corpo trespassado pelas tuas garras sedentas de carne. Talvez, um dia sinta uma vontade irreprimível de te dizer que não e consiga bloquear a tempestade de argumentos que seguramente usarás a favor do sim. Talvez... não sei...
Não quero mais antever onde esta estrada vai terminar. Vendado, ignorarei os inumeros avisos espalhados ao longo das bermas. Por mais que abra os olhos, apenas tú és a resposta. A partida e o destino final, celebrado em épicos episódios de intensidade ascendente e viciante que me deixam cada dia mais perto do impossivel. Desisto de pensar. Caminho ás cegas, apenas. Guio-me pelo perfume caro do teu corpo e pelo intenso odor proibido que deixas em mim no final de cada noite.
Talvez as respostas me surjam dos embates na parede contra a qual me atiras, quando na ansia do desejo me levas aos tectos infindáveis do teu corpo. Talvez a lucidêz volte enquando me obrigas a beijar o tapete vulcânico da tua pele incendiada e qual contorcionista trepas o espaldar da cama. Talvêz encontre uma explicação nas entranhas fecundas da terra onde penetro, quando o teu corpo se abre ao meu exigindo urgências. Talvez transforme esta necessidade de ti em repulsa, quando de mãos amarradas no teu peito e olhos cravados nos teus olhos, usas e abusas deixando-me o corpo trespassado pelas tuas garras sedentas de carne. Talvez, um dia sinta uma vontade irreprimível de te dizer que não e consiga bloquear a tempestade de argumentos que seguramente usarás a favor do sim. Talvez... não sei...
Não quero mais antever onde esta estrada vai terminar. Vendado, ignorarei os inumeros avisos espalhados ao longo das bermas. Por mais que abra os olhos, apenas tú és a resposta. A partida e o destino final, celebrado em épicos episódios de intensidade ascendente e viciante que me deixam cada dia mais perto do impossivel. Desisto de pensar. Caminho ás cegas, apenas. Guio-me pelo perfume caro do teu corpo e pelo intenso odor proibido que deixas em mim no final de cada noite.
Resignadamente impotente, deixo de procurar a explicação lógica para aquilo que me acontece. Ao longo da vida tenho-me martirizado na busca interior das respostas, quase sempre incompletas e apenas justificadamente sofríveis internamente. Desisto. Contigo abandono-me á sorte ou mau destino do livre arbitreo.
O previsível abismo que mereço é já ali.
O previsível abismo que mereço é já ali.
4 comentários:
...nenhum som me importa
afora o som do teu nome que eu adoro.
E não me lançarei no abismo,
e não beberei veneno,
e não poderei apertar na têmpora o gatilho.
Afora
o teu olhar,
nenhuma lâmina me atrai com seu brilho.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixes que a saudade te sufoque, que a rotina te acomode, que o medo te impeça de tentar. Desconfia do destino e acredita em ti.
Uma Pomba Branca...Quero Te Encontrar...
...nenhum som me importa
afora o som do teu nome que eu adoro.
E não me lançarei no abismo,
e não beberei veneno,
e não poderei apertar na têmpora o gatilho.
Afora
o teu olhar,
nenhuma lâmina me atrai com seu brilho.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixes que a saudade te sufoque, que a rotina te acomode, que o medo te impeça de tentar. Desconfia do destino e acredita em ti.
Uma Pomba Branca...Quero Te Encontrar...
Ilustre desconhecido,
Gostei do titulo. E ainda mais do teu escrever.
Sinto-te nu e intenso... Pronto para a vida e para a entrada num tempo novo. O teu.
Talvêz eu esteja errada em solidificar-te apenas pelo post e concluir que começas a agregar novos aromas aos teus minutos. Talvêz esse abismo esteja menos denso e que os atalhos que te levam a ele se iluminem em tons menos predestinados que aqueles que te parecem caracteristicos. Esse inquilino espaçoso se torna apenas mais uma parte de ti, como uma perna, um braço ou até uma unha incomoda que teima em continuar a crescer mesmo sabendo que a tesoura é a mais proxima companheira. Um destino condenado a ser-te intrísico.
Quase não precisei correr as palavras para sentir um toque estranho de veludo no ar e sem adjectivos de muita habilidade tentei transpor qualquer sentimento em farrapo ou em pano fino de quem escreveu esta entrada ao abismo. Concordo... O que custa é entrar nele. Abraçar a vulnerabilidade. Depois disso, resta apenas sentir o prazer do arrepio, do vedaval forte em todos os ângulos e o milagre de ser transparente. Seja a dois... ou a um.
Bjs doces
P.S. Adrenalina...
Pode ser mais um capricho
pode ser uma paixão
pode ser coisa de bicho
pode não.
Pode ser já por destino
pelos astros, pelos signos
por uma marca, uma estrela
talvez já estivesse escrito
na palma da minha mão.
Talvez não...
Talvez até nem fique
nem signifique nada
nem me arranhe o coração
pode ser só uma cisma
pode estar só de passagem
Ou não.
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