1.12.10

Os assassinos impunes!



Relembrando que aquele(a)s que sabendo-se infectado(a)s, conscientes da impunidade continuam a seduzir e fazer novas vitimas inocentes sem que nada se faça legalmente contra ele(a)s.

Mais de 50% das transmissões dão-se a partir de um dos membros que sabe ou suspeita ser portador do virus mas não toma qualquer atitude de defesa do seu/sua parceir(o)a usando preservativo ou informando antes o facto. Em grupos onde o sexo ocasional é comum, uma transmissão corresponde a vários novos casos em curto espaço de tempo.

Práticas tradicionais arreigadas, curandeiros, parteiras rurais e feiticeiros, principalmente nas comunidades rurais, contribuem muito para a disseminação apesar de a informação dos riscos ter sido já amplamente dufundida.

É urgente a equiparação legal destes actos á pratica de tentativa de homicidio voluntário e a criminalização efectiva dos intervenientes.

Em Moçambique, oficialmente, os numeros das estatisticas, os orfãos e as familias destruídas, não param de aumentar! O unico ganho tem sido a transmissão vertical de mãe para filho onde se registam timidos avanços. Apesar das campanhas permanentes, das inumeras organizações a trabalhar no assunto e de muitos milhões em divisas gastos em prevenção, sensibilização e apoio, são quase 3 milhões de infectados (12,5% da população) e  confirmados nos centros de saúde e hospitais mais de 500 novos casos em cada dia. Apenas cerca de 200 mil (8%) são acompanhados regularmente e se medicam. Acontecem 60 mil mortes anualmente (165 por dia). Existem cidades como Manica onde a prevalência atinge os 19%. O impacto socio-económico destes números, nos factores de desenvolvimento do País è absolutamente avassalador e impossível de quantificar. E note-se que, por se tratarem de numeros oficiais provenientes de instituições de Estado, muito provávelmente pecam por defeito sendo a realidade ainda muito mais aterradora dado que grande parte, senão a maioria, da população não tem acesso ou não recorre a estas instituições regularmente.

Africa no global tem 70% dos infectados em todos o mundo. São 22,5 milhões de pessoas, o que corresponde ao total da população de Moçambique.

Em todo o mundo já morreram 30 milhões de pessoas por e com problemas de saúde derivados desta epidemia.

Estamos à espera de quê para dizer basta e parar esta hecatombe?

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