Não se expelem, as malditas!
Enchem-me de sons e becos
que sei, amor, nada dizem.
Nada para além do indizível.
Embalo-te num afago e sei
que a tua dor foi e é e será a minha.
Afinal...
estamos juntos no abismo da vida.
Afinal só tu poderias entender
o beijo que não sei beijar nas palavras.
Só tu poderias carregar a minha
dor contigo. Nos teus genes.
Na tua incapacidade de ser.
Na tua imperfeição tão perfeita,
meu amor. Tão...
perfeita.
Fogem-me as palavras
o grito último.
Repouso no teu colo
e beijo-te os dedos, faminta.
Só tu meu amor.
Só tu.
(Fairy-Morgaine)
3 comentários:
Ilustre desconhecido,
Por um acaso do destino já conhecia esse poema. Um poema que só fala quando precisa e que de tão mudo grita nos sentidos. Na negação do real. Na fuga do indizivel, como a escritora o diz.
Também sou faminta na escrita, somente nela me liberto. Me assumo e não condeno. Nela a razão de uma mentira real. O querer e não poder.
Sabes? Fiz da escrita meu confessionário e minha penitência. Como um bebado rasgo nas palavras o vício e… mantenho-me sóbria.
Nesse grito último esta a verdade. Mas não a realidade.
Quem sabe um dia entendas… o que a muito já entendeste.
Bjs doces
Anonima(o) habitual,
A manutenção da sobriedade neste mundo de loucos é tarefa para heróis e nós somos simples mortais.
A dura realidade á muito ultrapassou a ficção. Resta-nos o uso e aproveitamento das palavras que serve de travão ao descalabro, equilibrando-nos.
Ah!! e a fuga... essa arte milenar k continuamos a aperfeiçoar dia a dia.
xiiiiiiii....
love is in the air...lalalala!!
gostei muito******
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