Era apenas mais uma tarde de inicio de verão.
O livre arbítrio levou-nos, acompanhados de um amontoado de gente anónima e apressada, para dentro de um elevador de paredes escuras. Viagem curta mas com diversas paragens e alguma ansiedade.
Na pouca luz cumplice, os nossos olhares tocaram-se e durante segundos, ignorando a mole humana que nos redeava, trocaram em código a universal linguagem da cumplicidade acendendo sentidos e promessas.
À saída deixas-te-me um sorriso que acabou com toda a postura distante que tentara manter durante a breve viagem. Enquanto as portas se fechavam nas tuas costas, todos os olhares dos passageiros de ocasião se direcionaram para a minha atónita face, com evidente expressão de cumplicidade ou inveja mal disfarçada.
Desde esse dia, a expressão única dos teus olhos e o teu sorriso atrevido e belo, agarraram-se-me aos sentidos como um fotograma impresso na memória, provávelmente manipulado pelos muitos demónios que me habitam.
Vou serenando os luciferes, relembrando-lhes que a água nunca mais volta a passar debaixo da mesma ponte. Que aquilo que os simples chamam de destino é senão uma ratoeira para os incautos ou pouco avisados. Se já tenho o CV carregado de medalhas de papel gasto e a alma repleta de nódoas negras de outras batalhas e outras viagens. Autistas, com regularidade e presistencia demoniaca, eles voltam á carga, invocando argumentos com pouco sentido e ainda menos probabilidades de não serem senão o canto da sereia antes do abismo. No fundo eu sei que eles adoram ver-me na fogueira por isso vão preparando o fogo.
Vou resistindo por enquanto. Não sei por quanto tempo mais.
O livre arbítrio levou-nos, acompanhados de um amontoado de gente anónima e apressada, para dentro de um elevador de paredes escuras. Viagem curta mas com diversas paragens e alguma ansiedade.
Na pouca luz cumplice, os nossos olhares tocaram-se e durante segundos, ignorando a mole humana que nos redeava, trocaram em código a universal linguagem da cumplicidade acendendo sentidos e promessas.
À saída deixas-te-me um sorriso que acabou com toda a postura distante que tentara manter durante a breve viagem. Enquanto as portas se fechavam nas tuas costas, todos os olhares dos passageiros de ocasião se direcionaram para a minha atónita face, com evidente expressão de cumplicidade ou inveja mal disfarçada.
Desde esse dia, a expressão única dos teus olhos e o teu sorriso atrevido e belo, agarraram-se-me aos sentidos como um fotograma impresso na memória, provávelmente manipulado pelos muitos demónios que me habitam.
Vou serenando os luciferes, relembrando-lhes que a água nunca mais volta a passar debaixo da mesma ponte. Que aquilo que os simples chamam de destino é senão uma ratoeira para os incautos ou pouco avisados. Se já tenho o CV carregado de medalhas de papel gasto e a alma repleta de nódoas negras de outras batalhas e outras viagens. Autistas, com regularidade e presistencia demoniaca, eles voltam á carga, invocando argumentos com pouco sentido e ainda menos probabilidades de não serem senão o canto da sereia antes do abismo. No fundo eu sei que eles adoram ver-me na fogueira por isso vão preparando o fogo.
Vou resistindo por enquanto. Não sei por quanto tempo mais.
7 comentários:
Já ha muito tempo q aqui não lia... e vim de novo, e como sempre me perdi de novo, vou sempre tao preenchida que mal consigo escrever alguma coisa de jeito para ti.
Gosto muito de te ler.
Bj-te mui respeitosamente!oh grande poeta!
Querida amiga,
que bom é ter-te por aqui.
Grande será sempre o respeito que te tenho.
um beijo
Ilustre desconhecido,
...
Cada um com seus demónios. Merecidos ou não.
...
Bjs doces
Demônios...
E quem não os tem?
Já cheguei até a confundir-me com um deles! rs
bjs demoníacos
o pecado e o k os "demonios" nos fazem sentir eh tao bom nao? Assustador, intrigante, mas muito bom...
bjo doxe
Gostei muito desse post e seu blog é muito interessante, vou passar por aqui sempre =) Depois dá uma passada lá no meu site, que é sobre o CresceNet, espero que goste. O endereço dele é http://www.provedorcrescenet.com . Um abraço.
Força...
Não te inibas...
beijo doce e bom ano
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